quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Serras Catarinenses- Carnaval 2013


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2158 km, de pura diversão.




PASSEIO: SERRAS CATARINENSES
Versão Lu




Neste Carnaval 2013 os amigos do MC Dragões das Sombras planejaram um passeio para as Serras Catarinenses, mais especificamente percorrer a Serra do Rio do Rastro e a Serra do Corvo Branco além de um banho de mar em alguma praia maravilhosa do Estado.
Como a aventura era grande aproveitamos e convidamos os colegas Insanos Júlio e Regina, já parceiros de outros passeios e cafés da manhã nas estradas.
O Véio marcou reuniões de planejamento e integração entre os membros, para afinar o roteiro, avaliar a performance das máquinas e dos pilotos e a autonomia das garupas, que a meu ver é o fator mais importante e determinante do ritmo da viagem.
Durante todos os encontros o Véio guardou segredo que havia comprado uma moto nova de estilo diferente da HD, uma big trail BMW f 800 GS. Mas vou confessar guardar segredo não é o forte do Cássio, assim, durante uma visitinha do Alex e da Márcia lá se foi à surpresa.
O cômico de parte da história é que a BMW tem um banco pouco confortável para longos percursos e importamos um da Alemanha, bem como as malas, que foram enviadas em partes e apenas o banco e as chaves das malas chegaram e, ainda, só na véspera da viagem, de forma que eu tive que improvisar a bagagem usando uma bolsa envolvida em um saco plástico preto, que foi rapidamente apelidado de Chico Picadinho. E o Chico deu muito trabalho, era espaçoso, pois ocupava metade do meu acento, empurrado-me sobre o Véio o tempo todo.
No dia da partida, marcada para o sábado às 4h, saímos juntamente com os Insanos de Mauá para encontrar o Alex e a Márcia em um posto de combustível, que eu não sei qual porque para mim todos são iguais, que não tinha nem uma lojinha para comprar um cafezinho. Lá esperamos muitos e muitos minutos pelo casal, que quando chegaram explicaram que tinham errado o caminho e pegado um retorno, ainda na esquina da própria casa, que os levou de volta para São Paulo.




Todos reunidos, iniciamos a jornada, sem chuva com uma temperatura baixa, mas muito agradável, destino a cidade de Lajes, onde tínhamos reserva. Eu já estava com sono devido as poucas horas que tinha dormido, mas me mantive firme por uns 30 minutos. Quando o dia clareava paramos para o primeiro café, abastecimento e desabastecimento das bexiguinhas femininas.






Passados muitos quilômetros começou a chover, o transito estava caótico e depois do almoço em uma churrascaria eu fui vencida pelo sono e comecei a cabecear, mas tenho certeza que consegui disfarçar muito bem, apenas em alguns momentos fechei os olhos para organizar os pensamentos e os amigos me acusaram de dormir, assim tive que ingerir litros e litros de café e outras drogas estimulantes nas demais paradas ao longo do dia, quando da chegada em Lajes nos estávamos encharcados, menos os Sombras que possuem capas de chuva, sabe tipo motoboy, e eu ligada sob efeito da cafeína.





Fomos acolhidos calorosamente no Hotel, com direito a entrega de chocolates e brindes. Após um banho restaurador comemos uma pizza no próprio espaço do restaurante do hotel, avaliamos o dia, conferimos o cronograma construído metodicamente pelo Véio e concluímos que o mesmo estava quase totalmente furado, para desgosto dele e deleite da galera.
Outro fenômeno registrado pelo grupo foi que a chuva parecia nos perseguir. Os nativos quando chegávamos exclamavam:

- Oh é o fim da estiagem, vejam chuva!

Enquanto confabulamos sobre a situação a Insana Regina comentou que com ela era comum, sempre que saia de moto chovia, aí entendemos.... a Rê é na verdade a Tempestade (mutante que controla o tempo dos X Mem - Marvel) e passamos a bajular a super poderosa e a pedir sol.




No dia seguinte iniciamos com um café da manhã e saímos ao encontro do nosso primeiro desafio - a famosa e temida Serra do Rio do Rastro. Repentinamente o Alex mudou de direção, surpresos nos os seguimos e logo vimos o motivo do desvio, ele tinha avistado uma vinícola e lá fomos nós em busca de uns golinhos gratuitos de vinho serrano, contudo o acesso até a sede era por um trecho íngreme, margeado por parreiras e de terra batida. Rapidamente o Alex e o Véio subiram, mas o Júlio precisou de certo preparo já que a amiga Regina grudou no portão e não queria soltar. Paramos para fotografar as plantas e aí ouvimos um som trovejante e notamos os Insanos subindo o morro a toda força, nos ultrapassaram e estacionaram ao pé da Loja, que estava fechada para o almoço.
Na sequência rumamos para a Serra do Rio do Rastro. Percebemos certa tensão na amiga Insana Tempestade Regina, pois a moto estilo custo dos Insanos não é a mais adequada para enfrentar curvas sinuosas. Bem aí desabou uma chuva que transformou o trajeto instransponível, bem talvez de Jet Sky no lugar das motos.




Paramos na lanchonete da Serra na expectativa de uma estiagem, onde eu tomei uma especialidade da casa chamado Submarino - chocolate quente, com pedaço de chocolate e coberto por chantilly – DELICIOSOOOO !!!




Começamos, assim, a implorar à Insana Regina que controlasse a fúria da tempestade, esclarecendo que as curvas da serra não eram tão perigosas e que descê-las seria inesquecível e divertido e, assim se fez, claro muitos cafezinhos depois, a chuva amenizou.





Descemos a Serra e fomos brindados com a luz do sol e cascatas de água formadas pelas fortes chuvas, deixando a paisagem mais linda ainda, o que exigiu muito dos condutores. Neste momento vou fazer um destaque ao Insano Júlio que se revelou um piloto excepcional na condução de sua Boulevard, que lembra um trator, gentilmente apelidada de Colossos, forte e potente. Na volta paramos para comprar uns souvenires.




Já à noitinha chegamos à pousada previamente reservada em Urubici, onde alguns conhecidos dos Insanos já estavam hospedados. Após as rápidas apresentações nos acomodamos e saímos para jantar em um restaurante chique que cheirava a peixe, sua especialidade, com comida muito saborosa, preços regulares e serviço medíocre. A garçonete muito confusa não achava a carta de bebidas, era austera e manteve o grupo em uma mesa incompatível com o número de pessoas, restringindo o acesso ao buffet apenas após a chegada do prato principal que demorou o suficiente para acabar o assunto entre os amigos.




Logo que voltamos à pensão fui dormir e acabei esquecendo-se de me despedir dos demais e não acompanhei os combinados para o dia seguinte. Eu com sono fico imprestável. Demoramos mais do que o previsto para sair, fechamos as malas e o Chico cada vez que era movimentado tomava uma forma diferente, neste dia ocupava ¾ do meu banco.




Saímos em busca do nosso próximo desafio serrano, conhecido como Morro da Igreja. Paramos por uns quinze minutos ao pé da serra para o Véio encaixar e ligar a filmadora no capacete, que acabou só filmando a descida. O local é lindíssimo. Coberto por uma neblina e vegetação serrana verde e muito conservada, temperaturas frias, dentro de uma Área Militar. Do alto dá para ver uma paisagem arrebatadora (fotos) que gerou uma sensação de alegria e companheirismo, imediatamente percebemos uma abertura na serração e a presença do sol, fato que creditamos ao bom humor da Regina.





Miramos para a Serra do Corvo Branco muito confiantes, através de um trecho de asfalto ruim e pedregulhos. A estrada se revelou fantástica, mais sinuosa que a anterior e mais rústica. Iniciamos a descida cautelosos e deslumbrados com a natureza ao redor, para nossa surpresa um caminhão estava subindo a serra sem qualquer cerimônia e espalhando os demais turistas pelas bordas.





O trajeto termina em uma estrada de terra e com tantos pedidos à poderosa Tempestade Rê o sol se fixou e a temperatura bateu uns 35º. O calor começou a torturar os amigos e a descida íngreme castigou o freio da moto do Júlio, o que nos obrigou a uma parada estratégica no meio do nada. Os meninos tiraram as jaquetas, alguns as camisetas e até as botas, cada qual segundo a sua auto estima.





O caminho parecia estranho e, detalhe, o GPS do Véio que estava amarrado dentro do Chico deu trabalho para ser achado e quando conseguimos localizá-lo descobrimos que o aparelho estava sem bateria e servia só de enfeite. O jeito foi bloqueamos a estrada e quando um carro desavisado passou o paramos para pedir informação, para desespero do motorista assustado com a cena insólita de motoqueiros seminus quase desidratados em zona de pouca circulação.
Seguindo as instruções chegamos até um bairro pequeno onde cruzamos com outro motoqueiro rumo às Serras e aventuras, nos hidratamos e as outras meninas corajosas usaram o banheiro, coisa que eu também deveria ter feito.
O calor estava sufocante, mas assim era melhor que chuva, até porque rumávamos à praia de Bombinhas sonhando com um delicioso rodízio de Camarão. O Alex ia puxando o comboio, pois conhecia melhor o caminho, em dado momento ele enveredou por atalho que nos desviou uns 70 quilômetros do destino. Paramos para abastecer e almoçar em um lugar desconhecido, ficamos dentro de uma padaria que era também lanchonete, mercearia, farmácia, se procurássemos acho que vendia até cartão do Jogo do Bicho, mas era limpinho.
O Véio estava numa alegria só com a moto nova, que responde muito bem a todos os terrenos. Na BR 101 desenvolvemos boa velocidade e em dado momento percebemos a Regina cutucando o Júlio, pois cruzamos com alguns jovens em motos pequenas e a turbulência provocada pelo trator pilotado pelo Insano assustou os garotos.



Chegamos em Porto Belo à tardinha, quase noite. Como não tínhamos reserva procuramos o Centro de Atenção aos Turistas, mas não o localizamos e as ruas estavam lotadas de pessoas, banhistas, argentinos, muitos argentinos, cara é um festival de língua espanhola, que dificultavam a circulação. Optamos, então, por ir direto a Pousada Elfos que conhecíamos de outra viagem e conseguimos 03 quartos. Fomos até o restaurante e pedimos, em fim, o Rodízio de Camarão. Enquanto esperávamos caímos no mar já com a noite feita.



Eu e Márcia estávamos nos divertindo no mar quando nos enroscamos em uma linha de pesca, gesticulamos de forma grosseira para o dono do objeto e nos afastamos. Os meninos vieram nos chamar para o jantar. Os Insanos não curtem água e ficaram nas areias. A pousada tem uma piscina, mas não usufruímos do mimo devido o adiantado da noite.
Na manhã saímos debaixo de chuva, acho que a amiga Regina estava preocupada, e o humor dela como já descrevi invoca chuva, porque acrescentamos de última hora passar pela Serra da Graciosa no Parará e almoçarmos um Barreado em Morretes.
Eu não tinha boas lembranças da estrada. Muitas curvas, piso escorregadio, umidade constante, mas o Véio estava confiante com a máquina nova, e rumamos sentido a mais esta aventura.
Na subida um monte de carros lerdos comprometeu o teste da Catarina, nome dado à BMW em homenagem ao Estado, mas chegamos bem e famintos, por volta das 15 horas, no restaurante. Comemos o prato típico local, que é assustadoramente volumoso e, novamente, pegamos a estrada, eu me sentindo com mais uns 05 quilos no meu peso total que já está acima do ideal.


O último trecho de viagem foi muito longo, havia escurecido e todos estavam muito cansados. Em uma passagem de pedágio eu reclamei com os demais que estava no meu limite. O estômago enjoado, a cabeça pesada e as pernas doloridas devido à posição forçada que o Chico me impunha. Usei o banheiro do posto da última parada para abastecimento o que só piorou meu estado físico. Descobri dias depois que estava com intoxicação alimentar, provavelmente adquirida devido a grande quantidade de camarão e frutos do mar.


Após as despedidas oficiais partimos cada um para sua casa. Foi um passeio maravilhoso pela companhia, pelo destino, pelos desafios e brincadeiras. Já estou ansiosa pelo próxima VIAGEM!!!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Paradas programadas Serras Catarinenses


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Partindo de Mauá (A), seguimos pelo Rodoanel até Embú, encontrar com os Sombras (B) - Autoposto Rodoanel Sul, todos abastecem, 66 km +/- 1h de percurso + 10 a 15' parada.
Parada (C) em Registro Graal Buenos Aires, abastecimento, banheiro, esticar as pernas, posts, café/água (sugiro somente um cafezinho, podemos fazer um lanche na próxima parada).  Percurso 164 km +/- 1h30 + 15 a 20'  parada.
Parada (D) em Campina Grande do Sul - Auto Posto Alpino II, abastecimento, banheiro, esticar as pernas, posts e um lanchinho (breakfast). Percurso  143 km +/- 1h 15 + 30 à 40' de parada.
Parada (E) em Mafra - Autoposto Riomafra, abastecimento, banheiro, esticar pernas, posts, café/água. percurso 184 km +/- 2h + 20 à 25' parada.
Parada (F) em Santa Cecília - Cesca & Cia Ltda, abatecimento, banheiro, esticar pernas, posts, café/ água.
percurso 133 km +/- 1h15 + 10 à 15' parada.
Destino Lages (G) - Pousada/hotel, almoço local à definir. Percurso 113 km +/-1h.


Pedágios Autopista Regis Bitencourt: 
Km 299 – São Lourenço da Serra (SP)
Km 370 – Miracatu (SP)
Km 427 – Juquiá (SP)
Km 485 – Cajati (SP)
Km 542 – Barra do Turvo (SP)
Km 57 – Campina Grande do Sul (PR)
Motos pagam R$ 0,90.
 

Pedágios Autopista Planalto Sul: 
Km 134,390 – Fazenda Rio Grande (PR) 
Km 204,120 – Rio Negro (PR)
Km 81,640 – Monte Castelo (SC)
Km 151,980 – Santa Cecília (SC)
Km 233,1 – Correia Pinto (SC)
Motos pagam R$ 1,80. 

Total 11 pedágios = R$ 14,40


Eu concordo com o roteiro, porém gostaria de reduzir os cafés nas paradas, porque toma muito tempo.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Berinjela na estrada - Fevereiro 2013

Há algum tempo a Lu está querendo ampliar seus horizontes ao guidão de sua moto, combinamos para este domingo um café da manhã em algum lugar na estrada, ainda sem destino definido convidamos alguns amigos para este passeio de aventura dominical, confirmaram os Insanos Júlio e Regina, para completar o time a Lígia também resolveu ir conosco, e foi nomeada a fotógrafa do grupo.
Às 8:00 saímos e no caminho decidimos ir para o posto BR da Ayrton Senna, local que já foi ponto de partida para muitos passeios nossos.
Fomos numa tocada suave e segura, a Lu mostrou que sua característica de excelente motorista reflete-se ao guidão de uma moto.

Fizemos uns 80km, mas isso nos deu segurança para arriscarmos maiores percursos, agora só falta ela pegar uma moto maior para garantir o conforto em viagens mais longas.