quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Olímpia-Thermas dos Laranjais - dez -2010

Nem a GOTA ou muitas gotas foram suficiente para abater os Dragões em sua sede por aventuras...... Olha aí nós na estrada!

Os Dragões saíram para mais uma aventura na estrada, ainda sem os amigos Sombras, pois estes estão cuidando do seu mais lindo projeto, a chegada do Sombrinha Murilo, lá pelo mês de março.
Decidimos aproveitar as férias de 20 dias do Véio e colocar a máquina na estrada. O roteiro era ambicioso: 10 mil quilômetros de São Paulo até a capital Brasília, voltando por Goiás e Minas Gerais.
Calculamos o tempo, custos, marcamos pousadas, rotas, equipamos a moto com bolsas, mas perto da data marcada veio a surpresa - telefonaram da escola da minha filha e informaram que a mesma estava de recuperação em algumas matérias, portanto resolvi esperar os resultados finais das provas, sabe para dar aquele apoio de mãe. Enquanto acompanhávamos todo o processo o Véio relaxou na dieta e começo a ter dores de GOTA. Depois de uma consulta médica e uma bronca do profissional, tivemos que dar um tempo para o pronto restabelecimento do piloto sênior.
Enfim, com as coisas de volta aos eixos, retomamos nossos planos de viajem, mas devido ao adiantado do período, reformulamos o destino. Tinha que ser um local bem mais perto e em conformidade com as nossas condições físicas e de segurança.
Assim fechamos uns dias nas Thermas de Laranjais, na cidade de Olympia, no interior de São Paulo.
Coração “bombeando” forte e com a adrenalina alta, saímos de Mauá às 6h30min do dia 11/12. Com a estrada livre, sem pedágio, descansados e saudosos de passeios, fizemos uma pequena parada para abastecer a moto e um cafezinho rápido (bem eu bebi chocolate quente, só pra variar) no 1º posto da Bandeirantes e puxamos quase 300 km até outro posto de combustível já na Washington Luiz, em uma atitude ousada do Véio, pois a HD estava com todas as lâmpadas de alerta acesas, gritando: - TÔ VAZIA.
Na cidade de Olympia, localizamos a pequena e modesta pousada. Apresentamo-nos à recepção que nem se deu o trabalho de conferir os nossos nomes ou documentos. Por volta das 14h, já acomodados e famintos, fomos ao Parque. Na portaria tive uma pequena desinteligência com o bilheteiro, pois o rapaz não aceitou o boleto de pagamento da faculdade como comprovante, que sou estudante, que me conferiria desconto de 50% nos pagamentos. O funcionário olhou-me, calculou o meu quase meio século de vida e exigiu uma carteirinha oficial da faculdade, coisa que eu não tenho. Conclusão: paguei integral. Lá dentro seguimos diretamente a uma lanchonete. Escolhemos sanduiches e sentamos para saboreá-los sob umas árvores, pois o dia estava muito quente. Estávamos entretidos entre uma e outra bocada da comida quando um som de assas batendo e farfalhar de folhas chamaram a nossa atenção. O Véio olhou para cima e foi o tempo de pular da cadeira. Uma pomba, que mais parecia um peru, resolveu que o galho seria um bom banheiro e não teve pudor, abriu as penas e se aliviou. Passado o susto e mais alertas quantos a fauna local iniciamos uma turnê pelas atrações aquáticas. Todo o parque é muito legal e com preços acessíveis. Exaustos da viagem e das brincadeiras voltamos para a pousada perto das 20h e caímos na cama e dormimos até o outro dia.
No domingo, com o sol rachando de tão quente, voltamos ao parque. Nós e mais um “milhão” de turistas. Parecia que todos os mineiros decidiram atravessar a fronteira e se resfastelar nas águas termas de Olympia. Até os espaços nos armários se esgotaram, acabamos guardando nossos pertences em uma sacola plástica com um número de controle, mas foi, em fim, se assim posso dizer, uma experiência antropológica na diversidade, digna de uma tese do doutorado, pois as pessoas mesmo em um espaço de lazer mostram seu lado mesquinho e pouco evoluído, de forma que presenciamos e, quem conhece o Véio sabe que também protagonizamos, eventos de falta de tolerância, egoísmos, disputa por fila, cadeiras, banheiro, brinquedos etc. Contudo, para quem aprecia, como eu, ouvir conversa alheia, observar comportamentos e tirar as próprias conclusões, o parque era um grande laboratório.
A cidade, como um todo, aparenta carecer de investimento e infraestrutura, de forma que circulamos apenas o necessário para nos alimentarmos e nos recolhíamos à pousada nada confortável. Os únicos serviços em abundancia eram os “botecos” e os templos religiosos disputando, parede a parede, os moradores.
Na segunda-feira o tempo mudou e durante todo o dia fomos atormentados por uma chuva gelada, mas no parque compensávamos o frio dentro das piscinas quentes. O local estava praticamente vazio, o que nos permitiu usufruir melhor das atrações e o Véio, já refeito das dores da GOTA, deu um show no surf, com direito a calção expondo perigosamente suas partes onde não se usa protetor solar. A atitude cobrou seu preço, durante a noite comecei a sentir dores no ouvido, garganta, cabeça, dente, até naqueles que eu não tenho mais.
Na manhã seguinte, pagamos a hospedagem e pegamos a estrada. Pouco depois reiniciou a chuva, em cima da moto tudo ganha maiores proporções e parecia que o mundo estava se desmanchando em água. No meio do caminho percebi o Véio apontando freneticamente para a própria perna, quando olhei havia restos de uma ave espatifada pela calça e pela bota. Foi nojento...irq, mas devido a chuva forte, poucos quilômetros depois já não havia vestígios do incidente, e, fora a molhadeira, chegamos em nossa casa sem outros maiores tropeços. Estávamos tão encharcados e cansados que o Véio tomou dois comprimidos de relaxante muscular para poder dormir, e eu fique à base de ante-térmico e chazinho, estava quase tendo que pagar imposto por transporte de remédios ou correndo o risco de ser presa por tráfico de drogas.
Em casa, no outro dia, matamos a saudade de nossas meninas, desfizemos as malas, contamos as histórias, vimos às fotos e os filmes e temos a certeza que VALEU ! Andar de moto é uma experiência prazerosa e única.
A surpresa negativa ficou por conta das malas novas que enrugaram pela combinação da chuva e sol forte. PROCON aí vamos nós....











sexta-feira, 9 de julho de 2010

“O ADEUS À SHADOW” - 04 e 05 de Junho



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No feriado de Corpus Cristi, os amigos marcaram mais um passeio. Estávamos sedentos por estrada e aventura. Durante os dias que antecederam a viagem, como de costume, conversamos muito, via net, para o acerto do itinerário e demais detalhes. O DSMC Alex estava lá na terra dos hermanos a trabalho e participou menos.
Fechamos o objetivo: Piracicaba para uma deliciosa peixada às margens do rio Piracicaba e uma visitinha aos meus primos, moradores da região, dormida ao longo da estrada e turismo em Barra Bonita. Contudo, havia no ar, um certo mistério. Aparentemente os Sombras nos escondiam algo.
Marcamos o encontro no 1º Posto da Bandeirantes, às 10h, para abastecimento e café da manhã reforçado. Eu e o Véio já havíamos percorrido alguns quilômetros, quando notamos que tínhamos esquecido um carnezinho básico de pagamento de contas e voltamos à Mauá. Dessa forma, chegamos 10min atrasados e perdemos o café. No local procuramos a moto dos amigos, mas nada vimos, a não ser uma reluzente e zerada V-Strom. Passamos batido e resolvemos entrar na lanchonete para forrar o estômago, assim mesmo. Para nossa surpresa lá estavam os Sombras sorridentes e com aquele olhar de expectativa e mistério.
Eu, como sempre meio lenta, demorei a fazer a associação, mas o Véio matou rapidamente a charada. Os parceiros tinham substituído a Shadow pela máquina estacionada no pátio. Corremos ao estacionamento e o Véio encheu os DSMC de perguntas: Quanto? Quando? Como? Dirigibilidade? Veloz? Rendimento? Posso dar uma voltinha? Eu só fixei a bela cor e os dois espelhinhos tão bonitinhos.
No caminho percebi entre os pilotos uma certa competitividade, referente a autonomia das máquinas e desempenho, coisa de macho maduro: “meu brinquedo é maior que o seu....nah nah nah”.
O Véio sugeriu que o Alex ditasse o ritmo, pois a V-Strom estava “amaciando”, máximo 5000 giros até os primeiros 800 quilômetros. Passado o limite, os Sombras dispararam e deu o que fazer para o dragões, pegos de assalto, alcançá-los. Era possível ver de longe o Alex vibrando com o desempenho da moto, principalmente nas curvas. Mas a HD não decepcionou, foi só acelerar que começou a voar na pista, só o Véio que demorou um pouco para se ajustar a situação, e foi um tal de raspa a pedaleira na direita, agora na esquerda e novamente etc. Pensei até em mudar o nome do MC para “Pedaleiras de Fogo”, mas a ideia não foi bem recebida pelo 1º Dragão, e eu tenho uma filosofia, que cumpro rigorosamente: nunca desagrade seu comandante/piloto na presença do mesmo, num raio de 150 cm, ou ficaras em casa vendo TV.
Já em Piracicaba descobri que tinha esquecido o endereço dos primos caipiras. Telefonei para minha mãe, que acionou a minha sobrinha, que falou com minha tia e localizou outra prima, que finalmente forneceu o nome da rua. Aparecemos de supetão, mas fomos bem recebidos e descobrimos que os meus tios também estavam lá passeando e combinamos um almoço. No restaurante vimos a metade do um filhote de um peixe do Amazonas, que ocupava todo o freezer que tinha uns 300 kg (no mínimo), mas decidimos comer um tambaqui, a um preço justo, muito caprichado, mas nada de especial e a Brahma de Agudos ficou prá próxima, os rapazes beberam Original mesmo.
Enquanto comíamos o meu telefone celular tocou, era minha filha, precisando desabafar. Filhos, mesmo crescidos, requerem cuidados, e cachorrinhas mimadas também, então, abortamos a pernoite e voltamos para casa. Remarcamos um almocinho lá na Cidade de Santo Antonio do Pinhal, para o dia seguinte. No caminho contatamos nossos amigos Ricardo e Ada, que estava de férias na cidade, mas eles já estavam a caminho de Campos de Jordão, então mudamos o itinerário e nos esprememos para comer no badalado Baden Baden, andamos pelas ruas apinhadas de gente rica e esnobe, passamos frio, tomamos um chocolate quente, e voltamos para casa, como sempre, com a noite fechada sobre nossas cabeças.
Foi muito divertido e a chegada da V-Strom trouxe mais entusiasmo e fôlego ao grupo.
Valeu galera do bem.
Até a próxima aventura.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mais uma aventura dos DSMC


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Para o feriado de Carnaval de 2010 o DSMC planejou uma grande viagem, que seria um exercício, para homens e máquinas, para a excursão até o Chile. O objetivo....percorrer 3.000 km com apenas paradas essenciais (gasolina, xixi, comida, dormida). Durante algumas semanas os integrantes se reuniram, definiram o destino: São Paulo –Curitiba – Porto Alegre, via Gramado pela BR 116 e volta pela BR101 passando por Florianópolis, e planejaram os detalhes.
Coube ao Alex e ao Véio pesquisar e definir o roteiro e a rota, marcando os postos para abastecimento e as estradas. À Márcia, que possui um instinto inato para localizar e negociar, reservar as pousadas. A mim, ficou a difícil e quase impossível tarefa de fazer caber todos os meus pertences super necessários na pequena bolsa de apenas 40 L. Bom, devo ressaltar que eu dei conta direitinho da minha incumbência, mas voltando...o 1º ponto de encontro foi marcado na casa dos Sombras, às 18 horas, na sexta-feira, mas um imprevisto de trabalho, uma chuva rápida e forte, atrasou os Dragões, que chegaram molhados e suados ao local. Eufóricos os aventureiros saíram, mas, após uns 400 m, o Véio parou em uma farmácia para repor o arsenal dos seus remédios (analgésicos, gota, pressão, hidratante...). Retomamos o caminho e a essa altura estávamos tão encalorados que secamos mais umas garrafas de água destinadas a serem consumidas ao longo do passeio. O cronograma de horário também já estava comprometido, mas os amigos, firme deram sequência, logo na entrada da Serra que leva à Curitiba uma surpresa....TODOS os caminhões do mundo estavam lá e o transito totalmente parado, assim a noite se fez completa. Descemos da moto para comprar mais água, voltamos, conversamos, desvestimos as jaquetas e esperamos, esperamos, esperamos. A Márcia, em dado momento, apeou para arrumar algum detalhe na bagagem, coincidentemente, neste momento os carros se movimentaram, formou um clareira e as motos avançaram, ou quase, já que Márcia, ainda fora, fez algumas tentativas, sem sucesso, de subir na moto e teve que correr atrás, mudar de posição e de lado, disfarçar e pronto, estávamos livres e voamos pela estrada, bom mais ou mesmos, já que era uma Serra, estávamos andando pelo corredor entre os caminhões, noite, mas a imaginação corria solta. Chegamos à Curitiba com 3 horas de atraso segundo o cronograma inicial e com menos energia, num total de 452 km rodados. Eu e a Márcia só pensávamos no quarto refrigerado e confortável, os pilotos em achar um boteco para beber a 1ª cerveja da jornada. Registramos-nos e os homens saíram e compraram as bebidas em uma loja de conveniência dentro de um posto de combustível. Pagaram mas não consumiram, pois lá após a meio-noite nada de bebida alcoólica. No hotel foram até o bar e descobriram um precinho camarada na dose de whisky e secaram a garrafa. Na ida para o dormitório o gerente informou cordialmente que o café da manhã já estava posto. Perto da hora do almoço, passeamos na bela e limpa cidade, conhecemos os pontos turísticos. O Alex comentou que o farol da sua moto estava desalinhado e precisava parar em uma oficina, só ai entendemos a troca de “desinteligência” entre ele e um carro que passou no sentido contrário. Na oficina, bem aconchegante e decorada, conduzida por profissionais que inspiraram muita confiança, como podemos ver pelas fotos, o acessório foi consertado e retomamos a viagem pela BR 116, sentido Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Na bifurcação que leva à Foz do Iguaçu, os Sombras pararam e a atitude acendeu em mim um antigo desejo de visitar o monumento, mas o Véio, fiel a sua veieira, não quis mudar o itinerário. Com a fome batendo adentramos em uma cidadezinha, quase morta, e lanchamos a comida mais barata de toda a viagem. Mais uma vez estávamos na estrada à noite, sem ver quase nada. Atravessamos Santa Catarina, chegamos ao Rio grande do Sul e paramos em um restaurante ao estilo de filme de suspense/terror, onde todos estão mortos só que não sabem e coisa e tal, mas voltando, no ambiente sinistro nada nos apeteceu, tomamos apenas um café e revisamos o mapa, que eu acredito devia marcar apenas as vias do nordeste do Brasil, em fim, estávamos perdidos. Na saída, fomos abordados por nativos impressionados com as nossas possantes máquinas. Neste momento travou-se a mais insólita conversa que eu já ouvi. O gaúcho inicialmente declarou-se apaixonado e proprietário de várias motocicletas, questionou nossa origem e destino, atendido prontamente começo a sugerir uma pousada: “ Baaahh tu segues por esta via, tem um cruzamento, tu não paras, continuas, vais ver outro cruzamento, tu não paras. Tu segues em frente, vais ver uma rótula e um ginete ginetiando, logo logo tem o hotel Pampas, local de encontro de motoqueiros, bha bom demas. Mas te cuidas com os pardais......sorte....”. Como o nativo não possuía legenda, saímos rapidamente imaginado que os pardais sulista deveriam ser mutantes com bicos afiados, carnívoros e visão noturna... ou coisa parecida, bem estávamos com fome e cansados, neste estágio as coisas ficam um pouco confusas. Mais à frente chegamos na cidade de Vacarias, vista a noite estava mais para “fim-do-mundo”, contudo, estacionamos em um posto de combustível e travamos contado com um policial para pedir informações, mas, como na experiência anterior, parecia que estávamos em um episódio de “além da imaginação”, como não compreendíamos o dialeto, apenas balançamos a cabeça sorrimos e nos despedimos. Do local, eu e Márcia avistamos uma pousada do outro lado da via, apontamos e comentamos em voz alta com os nossos maridos. “Começamos a nos movimentar e, imediatamente, o guarda, muito atento ao nosso grupo, por sinal, alertou o Alex...” bah tu dá a volta, não vais sair pela contra-mão, rapaz !!!”
Reservamos a pousada, o relógio marcava 23:55 h, tínhamos muita fome, saímos e rodamos o local mas devido o horário os restaurantes já estavam fechando. Dessa forma, voltamos ao posto para um devido lanche e a cervejinha na Loja de Conveniência. Estranhamos, pois assim que encostamos no balcão e fizemos o pedido, a vendedora apontou um cartaz onde estava escrito “proibido venda de bebida alcoólica a partir da 00h”, ai o Sul é tão moralista. Exasperados os meninos argumentaram, choramingaram, mostraram o relógio, sem negociação.....o jeito foi pegar refrigerantes, sanduba frio e voltar para o quarto. Para alegria dos amigos a pousada tinha em seu cardápio, a um preço justo muiiiiiita cerveja, e como ia ser bebida dentro do ambiente, sem problema. Vou lembrar sempre daquela cidadezinha, principalmente dos informes de proibição de fumar em locais públicos, pois acho que estavam sem dinheiro ou criatividade e importaram as placas aqui de São Paulo. Sério, sabe aqueles com dizeres “proibido fumar....lei estadual....” dentro do mapa de São Paulo, então, estes mesmos. Estranho, né?
Tô perdendo o foco!
De manhã rumamos para o coração turístico do Rio Grande do Sul, as cidades de Gramado, onde almoçamos em uma deliciosa galeteria, compramos itens básicos, como jaquetas de couro, acessórios, chocolate etc, e a charmosa Canela, e pegamos a estrada, a esta altura acreditava que os nós do meu cabelo jamais sairiam, nem por um milagre. Bom, para completar, o nosso caminho era a linda e famosa Rota do Sol, só que já estava anoitecendo novamente, chovia, ventava e eu estava muito tensa com a perspectiva de atravessá-la. Para completar o Véio, um poço de sensibilidade, comentou que o local visto durante o dia deveria ser maravilhoso. Podem imaginar que eu surtei, briguei com ele, terminamos o percurso com o Véio acendendo um cigarro atrás do outro e eu muito emburrada. Os Sombras bancaram os conciliadores e a coisa voltou à normalidade. Chegamos a Florianópolis com muito calor. Demoramos a conseguir um hotel. A cidade, toda iluminada, como um cartão postal, estava cheia de turistas devido ao feriado. Por fim, alugamos dois quartos em um hotel oportunista, que já teve melhores dias. O recepcionista era também manobrista, telefonista, camareiro e carregador. A luz de cortesia do corredor não acendia, a não ser que o cliente dançasse um frevo na frente do sensor, e no breu levei uns bons minutos para encaixar a chave na fechadura. O chuveiro não tinha água aquecida e a mesma espirrava por todo o cômodo. O ar condicionado era tão barulhento que lembrava uma locomotiva. Saímos para comer e acabamos em uma lanchonete que servia também de estacionamento, mas os preços do menu eram de um restaurante 5 estrelas, e os frequentadores já estavam bem no clima carnavalesco.
De manhã fomos conhecer a capital. Os Sombras serviram de cicerones, mas como a cidade é uma ilha ficamos andando em círculos. O Véio apontava freneticamente as placas, mas não conseguíamos sair da via central. Passamos no mesmo local umas 5 vez, por fim, dirigimos para as praias. Viajamos pela rodovia que margeia o litoral, mas não vimos nada do mar, devido às construções. Aproximamos-nos da praia da Joaquina, bem quase, já tentaram andar sob o Sol, vestidos de “motoqueiros selvagens e aventureiros”, com botas, jaquetas, calças impermeáveis, lenços..., é bem difícil. Desistimos, além disso, estávamos chamando muito a atenção dos banhistas e preocupados com a bagagem.
Seguimos para o norte do estado, para um lugarzinho chamado Bombas e Bombinhas, também turísticas, mas mais calmo. Conseguimos uma pousada rapidamente e nos dirigimos à praia para uma refeição. Com o cardápio na mão e o pedido já feito, vimos a mesa ao lado ser servida por um farto prato variado de camarão, com água na boca, mudamos nosso pedido. Se tiver um tempinho vai lá, vale à pena viajar muitas horas para saborear o rodízio de camarões. Enquanto aguardávamos a comida, fomos nadas no mar. A água muito gelada e as ondas fortes e revoltas massagearam nossos corpos. Na pousadinha, mesmo sob a chuva ficamos dentro da piscina o que completou nossa recuperação e renovou nossas energias. Após uma noite bem dormida, dirigimos direto e reto até São Paulo, só parando para abastecimento e banheiro. Ao total, rodamos 2400 km, batemos muitas fotos, demos muitas risadas e ingerimos alguns analgésicos para rebater.
Valeu amigos !!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pinguim...25 e 26/12/2009


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"-O que vocês vão fazer no natal??
-Vou passar o dia com minha família...mas a noite...
-Vamos tomar um choop??
-Legal! algum lugar em mente??
-Bem, ouvi falar em uma chopperia muito boa, no interior de SP.
-E perto??
-Uns 350 km ,logo ali. Já dá para testar a autonomia da Harley.
-Fechado, no 1º BR da Bandeirantes 25/12 às 18:00."

E lá fomos nós novamente, pegar a estrada, como sempre a Márcia já reservou o Hotel, estratégicamente localizado na rua atrás do Pinguim em Ribeirão Preto...Isso mesmo para os DSMC até um simples chopp é motivo para pegar a estrada.

Já faltando uns 1000m para chegar no ponto de encontro caiu uma água que nas palavras do Alex "...rasgaram o céu e a água desceu...", trocamos de roupa e aproveitamos para abastecermos as motos.

A autonomia da Shadow nos obrigou a fazermos outras 2 paradas para reabastecimento enquanto a HD foi reabastecida 1 vez, mas acho que chegava...

No último trecho, o Alex começou a reduzir a velocidade, pensei "será que acabou a gasolina de novo?", mas desta vez era por outro motivo, um ruído estranho na parte da frente da moto; paramos no acostamento e depois de procurar descobrimos que o suporte do para brisas estava quebrado e depois de uma avaliação, continuamos com a velocidade reduzida, pois nada poderia ser feito no momento.

Enfim por volta das 23:00, chegamos ao nosso destino, tomamos alguns chopps com uns tira gostos, compramos algumas lembrancinhas e fomos para o Hotel, afinal a estrada nos esperava no dia seguinte...

Antes de deixar a cidade na manhã seguinte, procuramos uma oficina para tentar amenizar o problema do para brisas da Shadow.

E tome estrada de novo, não poderíamos demorar pois o Alex e a Márcia tinham voô marcado para o nordeste (porque não foram de moto?!?).

Já eu e a decidimos fazer uma visitinha a uns amigos que tem uma chácara em Sumaré...neste ponto nos despedimos dos "Sombras" aguardando a próxima oportunidade de pegar a estrada juntos...






domingo, 21 de março de 2010

Todos os caminhos levam a Itú...22/03/2009


Como em todas as oportunidades que temos, um domingo de sol é o convite para pegar a estrada, desta vez tivemos a companhia do amigo e pai da Márcia o Elias com sua Shadow 600cc 2002 e na sua garupa a amiga Silmara.

Onde Vamos??? Vamos almoçar em Itú...blz..então pé na estrada...ou melhor pneu na estrada.

Antes decidimos "passar" no Shopping Serra Azul, um ponto de encontro de motociclistas localizado na Rod. dos Bandeirantes, tomamos um café da manhã e passeamos entre as diversas máquinas que haviam lá, aos domingos podemos facilmente encontrar as diversas tribos de motociclistas, desde os amantes da velocidade com suas esportivas, como os que curtem o estilo "easy rider" e suas customs.
Bem, após esta parada pegamos novamente a estrada, como nosso destino ainda era Itú, pegamos a estrada de volta...por onde vamos?? Não sei, acho que tem que pegar a D. Pedro...Não vamos até Jundiaí. de lá...Esta discussão não durou muito porque o que queríamos mesmo era rodar.
Enfim, após alguns "desvios" e uma chuva que nos pegou de surpresa, chegamos em Itú, deixamos as motos próximas a Praça da Independência e passeamos um pouco pela cidade, atrás de um bom lugar para comer.
Passamos pelo semáforo gigante, pelo orelhão e paramos em uma loja para comprar algumas "lembrançonas", caminhamos de volta para a posição onde estavam as motos.
Estávamos parados na praça, conversando e observando o movimento quando um rapaz de um restaurante em frente nos convidou para conhecer o estabelecimento...acho que estávamos mesmo com cara de fome...entramos e fomos logo pedindo um chopp, afinal tínhamos que tirar a poeira da garganta...bem já alimentados voltamos para as motos e pé na estrada.
Já estávamos na Castelo quando o Alex sinalizou e parou no acostamento, "Você viu o Elias?"- perguntou. "ele deve estar vindo aí atrás, vamos esperar um pouco"...
O Alex ligou para ele e descobrimos que a moto havia quebrado, mas tinha acabado de pegar novamente e eles estavam vindo.
Foi então que lembrei que ele tinha sinalizado para mim quando passei por ele, mas pensei que estava somente me cumprimentando...rsrsrs
Enfim o Elias chegou e sua moto morreu novamente, "acho que é o alarme,...deve ter molhado com a chuva", de qualquer forma não tínhamos como consertar.
Fiquei com o Elias aguardando o guincho e o Alex voltou para casa para buscar a pick-up, pois o guincho da concessionária só nos levaria até o primeiro posto na próxima saída da estrada.
Já parados e seguros deixamos o Elias e a Silmara aguardado o Alex e retornamos, depois ficamos sabendo que a Shadow resolveu pegar e eles conseguiram chegar em casa pilotando.
Como sempre um passeio dos Dragões das Sombras se torna uma aventura, e estamos prontos para outra...