sábado, 11 de janeiro de 2014

Os Patetas



No domingo, 05 de janeiro, combinamos um passeio rápido de moto à Salesópolis, incluindo uma paradinha para café da manhã na estrada, uma esticadinha ao Parque Estadual do Tietê e almoço no retaurante Senzala.
O dia, contrariando todas as expectativas, previsões dos meteriologistas e a semana absurdamente quente e ensolarada, amanhceu nublado e chuviscando.
Logo de cara um dos participantes desistiu devido ao mau tempo.
 Eu e o Cássio chegamos ao ponto de encontro em Mauá no horário previsto e lá já estavam estacionados 3 dos 5 colegas confirmados. Lembrando que os encontros são marcados via facebook dentro do grupo M C Dragões das Sombras.
 

Formado o grupo, sendo 4 motos e 1 carro, partimos rumo ao primeiro passeio do ano de 2014. Ainda na cidade de Ribeirão Pires, ou seja, a uns 5 quilômetros do posto em Mauá,  já estávamos molhados devido a chuva. Os pilotos pararam para vestir as capas de chuva e eu que ainda estou me recuperando do tornozelo calçava uma bota ortopédica de pressão, decidi pegar carona no carro. Com apoio do Cássio fui saltitando em um pé só até a porta e para minha surpresa tinha 5 pessoas no carro, coisa que eu não tinha percebido de antemão, pois as mesmas estavam cochilando no banco. Estanquei rapidamente e o Cássio, por reflexo, soltou meu braço antes de que eu conseguisse me apoiar na porta, assim eu tropecei e bati com cotovelo ganhando o que seria a minha primeira marca do dia.
Consideramos que a chuva não iria passar, assim decidimos mudar o itinerário e parar no Riacho Grande para comer pescado em algum restaurante. Mas estávamos bem perto deste novo destino, de forma que antes mesmo das 10h30min estacionamos no restaurante Praiano. Os funcionários ainda se encontravam preparando o local para receber os fregueses. Mais uma vez discutivos os próximos passos, já que a chuva começava a parar.
Todos desceram do carro e apiaram das motos, menos eu que fiquei enroscada considerando o peso da porta e a impossibilidade de apoiar os pés no chão devido as poças de água. E o Cássio sem  perceber o meu sufoco, bem sossegado de papo com os amigos. Nada que um brado: - Cássio, ajuda!! não tenha resolvido.
Optamos por ir até a cidade de Embu, local reconhecido pelos artesanatos. Eu voltei à garupa da moto, tocamos pelo Rodoanel e o sol se fez presente, bem como o calor.
Na cidade entramos sentido centro em busca de local autorizado para estacionar as motos. Enquanto fazíamos uma rotatória senti um tranco na moto, como se tivéssemos passado sobre um obstáculo, e na sequência um barulho no motor parecido quando a gente erra a marcha. O Cássio bambiou e parou bem na esquina atrapalhando todo o transito. Eu interpretei o movimento como uma falha ou quebra mecânica e tratei de descer da moto independente da posição que estava. O Cássio acelerou a HD subiu a rua íngreme e eu fiquei sozinha me arrastando pela ladeira. Quando cheguei vi o colegas ajudando a puxar a moto para estacionar e cercando o meu marido, que estava pálido e prestes a perder os sentidos. De repente vimos uma fumacinha subindo é o Cássio se abanando, pois enquanto ele tentava sair da moto encostou a perna no escapamento quente e lá se foi a pobre da capa plástica de chuva para a reciclagem.
Quando o Cássio se recuperou ele esclareceu que estava com o pé pendurado na plataforma e chutou uma tartaruga, a dor foi tão forte que não conseguiu cambiar ou equilibrar a moto.
Sob um forte sol resolvemos circular pela feira de artesanato e tomar um café para revitalizar, eu mancando do pé direito e o Cássio com o esquerdo e a galera só rindo da bizarrice da situação.
Na cafeteria fui usar o toalete e prensei o dedo na porta a ponto de arrancar a unha. Quando mostrei o estrago para os amigos eles foram unânimes em sugerir uma reza brava e sal grosso, pois se continuarmos neste ritmo até o fim de 2014, precisaremos mudar o valor da nossa apólice de seguro.
Durante o almoço em uma churrascaria abafada, mas bem legal, com comida variada, não tivemos incidentes, bem quase nada, só o Cássio que não percebeu a churrasqueira onde eram servidas as carnes e comeu apenas a comida do buffet (saladas, guarnições, temperos). Fiquei até com peninha da carinha decepcionada do Cássio quando nos preparávamos para sair e ele viu o garço levar os pratos usados com os restos das carnes suculentas.
Quando chegamos em casa e o Cássio tirou a bota, vimos dois dedos roxos e o pé inchado. Eu com os meus anos de medicina de butiquim concluí que ele tinha fraturado ou no mínimo trincado os dedinhos e receitei gelo e descanço.
Neste passeio só faltou arremesso de torta na cara, de resto parecia um filme pastelão dos Patetas.
Que venham muitas aventuras 2014!!!!!
Mauá, janeiro de 2014.
Lucilene