No domingo, 05 de janeiro,
combinamos um passeio rápido de moto à Salesópolis, incluindo uma paradinha
para café da manhã na estrada, uma esticadinha ao Parque Estadual do Tietê e
almoço no retaurante Senzala.
O dia, contrariando todas as
expectativas, previsões dos meteriologistas e a semana absurdamente quente e
ensolarada, amanhceu nublado e chuviscando.
Logo de cara um dos
participantes desistiu devido ao mau tempo.
Eu e o Cássio chegamos ao
ponto de encontro em Mauá no horário previsto e lá já estavam estacionados 3
dos 5 colegas confirmados. Lembrando que os encontros são marcados via facebook
dentro do grupo M C Dragões das Sombras.
Formado o grupo, sendo 4
motos e 1 carro, partimos rumo ao primeiro passeio do ano de 2014. Ainda na cidade
de Ribeirão Pires, ou seja, a uns 5 quilômetros do posto em Mauá, já estávamos molhados devido a chuva. Os
pilotos pararam para vestir as capas de chuva e eu que ainda estou me recuperando
do tornozelo calçava uma bota ortopédica de pressão, decidi pegar carona no
carro. Com apoio do Cássio fui saltitando em um pé só até a porta e para minha
surpresa tinha 5 pessoas no carro, coisa que eu não tinha percebido de antemão,
pois as mesmas estavam cochilando no banco. Estanquei rapidamente e o Cássio,
por reflexo, soltou meu braço antes de que eu conseguisse
me apoiar na porta, assim eu tropecei e bati com cotovelo ganhando o que seria
a minha primeira marca do dia.
Consideramos que a chuva não
iria passar, assim decidimos mudar o itinerário e parar no Riacho Grande para
comer pescado em algum restaurante. Mas estávamos bem perto deste novo destino,
de forma que antes mesmo das 10h30min estacionamos no restaurante Praiano. Os
funcionários ainda se encontravam preparando o local para receber os fregueses.
Mais uma vez discutivos os próximos passos, já que a chuva começava a parar.
Todos desceram do carro e
apiaram das motos, menos eu que fiquei enroscada considerando o peso da porta e
a impossibilidade de apoiar os pés no chão devido as poças de água. E o Cássio
sem perceber o meu sufoco, bem sossegado
de papo com os amigos. Nada que um brado: - Cássio, ajuda!! não tenha
resolvido.
Optamos por ir até a cidade
de Embu, local reconhecido pelos artesanatos. Eu voltei à garupa da moto,
tocamos pelo Rodoanel e o sol se fez presente, bem como o calor.
Na cidade entramos sentido
centro em busca de local autorizado para estacionar as motos. Enquanto fazíamos
uma rotatória senti um tranco na moto, como se tivéssemos passado sobre um
obstáculo, e na sequência um barulho no motor parecido quando a gente erra a
marcha. O Cássio bambiou e parou bem na esquina atrapalhando todo o transito.
Eu interpretei o movimento como uma falha ou quebra mecânica e tratei de descer
da moto independente da posição que estava. O Cássio acelerou a HD subiu a rua íngreme
e eu fiquei sozinha me arrastando pela ladeira. Quando cheguei vi o colegas
ajudando a puxar a moto para estacionar e cercando o meu marido, que estava
pálido e prestes a perder os sentidos. De repente vimos uma fumacinha subindo é
o Cássio se abanando, pois enquanto ele tentava sair da moto encostou a perna no
escapamento quente e lá se foi a pobre da capa plástica de chuva para a
reciclagem.
Quando o Cássio se recuperou
ele esclareceu que estava com o pé pendurado na plataforma e chutou uma
tartaruga, a dor foi tão forte que não conseguiu cambiar ou equilibrar a moto.
Sob um forte sol resolvemos
circular pela feira de artesanato e tomar um café para revitalizar, eu mancando
do pé direito e o Cássio com o esquerdo e a galera só rindo da bizarrice da
situação.
Na cafeteria fui usar o
toalete e prensei o dedo na porta a ponto de arrancar a unha. Quando mostrei o
estrago para os amigos eles foram unânimes em sugerir uma reza brava e sal
grosso, pois se continuarmos neste ritmo até o fim de 2014, precisaremos mudar
o valor da nossa apólice de seguro.
Durante o almoço em uma
churrascaria abafada, mas bem legal, com comida variada, não tivemos
incidentes, bem quase nada, só o Cássio que não percebeu a churrasqueira onde
eram servidas as carnes e comeu apenas a comida do buffet (saladas, guarnições,
temperos). Fiquei até com peninha da carinha decepcionada do Cássio quando nos
preparávamos para sair e ele viu o garço levar os pratos usados com os restos
das carnes suculentas.
Quando chegamos em casa e o
Cássio tirou a bota, vimos dois dedos roxos e o pé inchado. Eu com os meus anos
de medicina de butiquim concluí que ele tinha fraturado ou no mínimo trincado
os dedinhos e receitei gelo e descanço.
Neste passeio só faltou
arremesso de torta na cara, de resto parecia um filme pastelão dos Patetas.
Que venham muitas aventuras
2014!!!!!
Mauá, janeiro de 2014.
Lucilene